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Fotografia: Memória e arte

terça-feira, 2 Junho, 2009 (All day) até terça-feira, 30 Junho, 2009 (All day)
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Esperamos você.

Equipe Casa do Saber

FOTOGRAFIA: MEMÓRIA E ARTE

Vários Dias/horários
Terças-Feiras, às 20h
(02/06, 09/06, 16/06, 23/06, 30/06)
Valor: $ 150,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 200,00
Desconto Especial: $ 135,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 180,00

Quando aparece em um álbum de família, a fotografia se afirma como memória pessoal. Estampada no jornal ou presente em um arquivo público, assume o status de memória social. Na parede de um museu ou de uma galeria, deixa de ser apenas um registro documental e torna-se arte. Este ciclo reúne grandes especialistas para discutir as diversas dimensões que a imagem fotográfica vem adquirindo ao longo do tempo e refletir sobre sua história, atualidade e horizontes. Diferentes perspectivas que buscam dar conta da grande extensão que a fotografia assume nos diversos campos da vida.

Programação

02 JUN | 1. DO OLHO NU AO OLHAR FOTOGRÁFICO
O encontro propõe uma reflexão sobre alguns aspectos fundamentais da construção de uma cultura do olhar e do olhar como um instrumento da cultura. Serão apresentados e analisados exemplos marcantes da representação imagética do mundo visível na cultura ocidental. Da pintura rupestre à imagem técnica, com ênfase no diálogo entre a pintura e a fotografia. Além disso, serão dados exemplos do processo de representação plástica do mundo visível realizada pela pintura, da Idade Média ao Renascimento, como os trabalhos de Giotto e Leonardo Da Vinci, até as pesquisas sobre luz que marcaram o Impressionismo e o contraponto da fotografia na mesma época. E ainda a formação da pintura abstrata e da fotografia moderna, de Fernand Léger a Paul Strand.
Milton Guran

09 JUN | 2. RETRATO PARA TUDO E PARA TODOS: A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA
O retrato (ou "portrait") é o mais popular dentre todos os gêneros de fotografia, desde os primórdios dessa invenção - a tal ponto que a expressão "tirar um retrato" é, ainda hoje, confundida com a expressão "tirar uma fotografia", de designação bem mais genérica. Explorado por seus inventores e experimentado em todos os processos e formatos, foi o retrato que celebrizou alguns dos mais importantes nomes da história da fotografia, que dele se valeram para documentar, encenar, idealizar, conhecer e dar a conhecer, provocar e refletir, através das mais diversas estratégias. Das "cartes de visite" e dos álbuns de família do Século XIX até os atuais álbuns virtuais da internet, passando por suas inúmeras apropriações (nas artes, nas ciências médicas e sociais, no sistema judiciário etc.), há um longo e complexo trajeto a ser passado em revista.
Joaquim Marçal de Andrade

16 JUN | 3. "O OLHO DA HISTÓRIA": FOTOJORNALISMO E A PRODUÇÃO DA MEMÓRIA CONTEMPORÂNEA
O título deste encontro, "O olho da História", foi tomado de empréstimo de Mathew Brady, chefe da equipe fotográfica que cobriu a Guerra Civil norte-americana e que usou a expressão para designar a própria câmera fotográfica. As fotografias produzidas nos campos de batalha eram consideradas verdadeiras testemunhas oculares da História. A imagem fotográfica, segundo essa concepção presente no século XIX, era assimilada a partir da crença de que as fotografi as não passavam de janelas que se abriam para o mundo lá fora, expondo-o da maneira mais fidedigna possível. Ao longo do século XX essa herança se atualizou através da fotografia de documentação social, a princípio associada às agências governamentais e, a partir dos anos 1930, com a modernização técnica da imprensa, às agências internacionais, a ponto de podermos contar a história do século XX através de suas imagens. Este encontro apresentará uma breve história do fotojornalismo e discutirá a fotografia de documentação social e a invenção da História e da memória contemporânea através da fotografia de imprensa.
Ana Maria Mauad

23 JUN | 4. MEMÓRIA,TRADIÇÃO E PSICANÁLISE
Neste encontro será discutido o conceito de memória em Psicanálise, procurando articulá-lo com os campos da História e da cultura, dos quais a fotografia faz parte. O objetivo dessa articulação é pensar a idéia de tradição na sua dimensão inconsciente, concebendo-a como um conjunto de arquivos, no sentido histórico do termo. Nessa perspectiva, a fotografia constitui uma modalidade específica de arquivo que se articula nos campos do olhar e do desejo, de forma que o registro psíquico do sonho na sua dimensão imagética seria parte constitutiva desse arquivo. As referências teóricas serão feitas a partir do pensamento de Freud, Lacan e Derrida.
Joel Birman

30 JUN | 5. FOTOGRAFIA E ARTE
No contexto da arte, a fotografia alcança uma nova dimensão, descolando-se do status de mera reprodução da realidade. Com isso, um vasto campo de atuação - e reflexão - é inaugurado. Este encontro refletirá sobre os diferentes usos da imagem fotográfica na arte. A fotografia como suporte, suas diferentes linguagens e seus desdobramentos conceituais, técnicos e estéticos. A análise será feita a partir de uma breve trajetória histórica da fotografi a e de um olhar mais específi co sobre o cenário contemporâneo.
Paulo Sergio Duarte

Milton Guran. Fotógrafo e antropólogo, doutor em Antropologia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), Paris, com pós-doutorado no Departamento de Antropologia da USP. Mestre em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UnB). Autor, entre outros títulos, de "Agudás - Os brasileiros do Benim" e "Linguagem fotográfica e informação". Foi um dos fundadores da AGIL Fotojornalismo e atuou como fotógrafo do Museu do Índio de 1986 a 1989. Recebeu os prêmios Vitae, X Prêmio Marc Ferrez da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e o Prêmio Pierre Verger da Associação Brasileira de Antropologia. Foi diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e presidente da União dos Fotógrafos de Brasília. É pesquisador associado do Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da UFF. Realizador e coordenador-geral do Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro - FotoRio.

Joaquim Marçal de Andrade. Designer, fotógrafo e pesquisador. Professor adjunto de Fotografia do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio e do Curso de Pós-Graduação em Fotografia do Instituto de Humanidades da Universidade Candido Mendes. Doutorando em História Social pelo IFCS/UFRJ e mestre em Design pelo Departamento de Artes & Design da PUC-Rio. Trabalha na Fundação Biblioteca Nacional há 27 anos, onde idealizou e coordenou um projeto de resgate do acervo fotográfico, com destaque para a coleção doada pelo imperador D. Pedro II em 1891, hoje inscrita no programa Memória do Mundo, da Unesco. Curador de exposições e autor de ensaios sobre História da Fotografia. Autor do livro "História da fotorreportagem no Brasil - A fotografia na imprensa do Rio de Janeiro de 1839 a 1900".

Ana Maria Mauad. Professora do Departamento de História do Programa de Pós-Graduação em História e pesquisadora do Laboratório de História Oral e Imagem da UFF e do CNPq. Doutora em História Social pela UFF, com pós-doutorado no Museu Paulista da USP. É autora do livro "Poses e Flagrantes: estudos sobre história e fotografias" e de vários artigos e capítulos de livros sobre temas ligados à história da cultura, cultura visual e história da imagem, especialmente fotografia.

Joel Birman. Psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da UFRJ e do Instituto de Medicina Social da Uerj. Autor de livros como "Mal-estar na atualidade", "Gramáticas do erotismo" e "Arquivos do mal-estar e da resistência".

Paulo Sergio Duarte. Crítico, curador, professor de História da Arte e pesquisador do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Candido Mendes. É autor de diversos livros, entre eles "Anos 60 - Transformações da arte no Brasil", "Waltercio Caldas", "Carlos Vergara", "A trilha da trama" e "Arte Brasileira Contemporânea - Um prelúdio".